sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Damas da Noite


As pessoas se divertem.
Pelo menos é o que parece.
Lá fora, já é noite.
As crianças gritam extasiadas.
Isso é verdade. Simples.

Algumas estrelas titilam no céu.
Pra mim, são as damas da noite.
Verdadeiras damas da noite.
Depois do convite. Guardo o segredo sincero.
Silêncio e sentimento. E com qualquer hora, qualquer coisa.
Resposta.
E continuava estampada na janela, a tomar a brisa.
E olhar as estrelas.
.
*foto: internet

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

dreams

dia desses tive um sonho.
parecia um dejavú.
e o que se abriu para mim.
pura luz, seu sorriso.

quis te convencer,
a entrar no meu mundo.
te provar com a + b.
todo o meu translúcido sentimento.

e vejo aquela foto.
todo dia. cada pausa.
um respingo que dói.
e se é para sentir, viva.
quem sabe distrair a saudade.

refogo e afogo,
aquelas mágoas, num copo de leite.
quente e frio.
quis te conhecer.
eternizar o momento.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

se eu me esforçar
consigo buscar
lá no meu fundinho

e vai crescendo
preenchendo
e vai crescendo, crescendo

quando percebo
já saiu de mim
aí por aí

esvaziou!

O meu sonho cresceu

Tudo ao meu alcance.
Murchei o ego e desfiz o nó na garganta.
Optei por não sofrer e não me incomodar com o amanhã.
Aceitei o capitalismo, mesmo sendo um cataclismo autista.
Aceitei os bordões de minha mãe, afinal, é a minha mãe.
O mistério não mais me assola.
Criei asas. Tudo na curta distância do pensar e acontecer.
Tenho novos amigos.
Agora, choro de felicidade. Doeu, mas desobstruí os canais.
Aprendi que escolhas são bem diferentes que oportunidades.
Hoje ando de mãos dadas com minha intuição.
Sei do meu potencial. Ouço meu coração.
Observo, de longe, as convenções. Não me prendo a televisão.
O salto para o vôo livre me revelou a verdade.
A simplicidade aliada à facilidade.
Cada um no seu tempo.
A paciência como elixir da juventude.
E todos os meus sonhos ao meu alcance.

**mais de mim, em mim http://www.morfina.com.br/

Dia V


Sim.
Hoje é o dia do vazio.
Dias assim, dias assado.

Não adianta melodias, rimas.
E tão pouco, transparências.
É vazio. E só.

Caleidoscópio do nada.
E com todas as raças.
Ataca.

E na risca de giz,
Invento o meu imaginário.
Sou eterno aprendiz.
.
*foto: internet

lá vem o amor....

Impossibilitado de desatar as amarras.
Cambaleante de emoção.
Está algemado em seu passado.
Só ele não percebeu.
Ele não sabe ler. É apenas sensitivo.
Nada faz sentido.
Flertes, sinais do corpo.
Nuance de um previsto romance secreto.
Amigos indo e vindo.
Sorrisos estampados. É o final da festa.
A galera se abraça. É aquela felicidade toda.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

O Intratável.

AFIRMAÇÃO:
Ao contrário de tudo e contra tudo, o sujeito afirma o amor como valor.
Nietzsche

Há duas afirmações do amor.
Primeiro, quando o apaixonado encontro o outro, há a afirmação imediata (psicologicamente: deslumbramento, entusiasmo, exaltação, projeção louca de um futuro realizado; sou devorado pelo desejo, a impulsão de ser feliz): digo sim a tudo (me tornando cego).
Segue-se um longo túnel: meu primeiro sim é roído pelas dúvidas, o valor amoroso é a todo instante ameaçado de depreciação: é o momento da paixão triste, a ascensão do ressentimento e da oblação.
Posso sair, porém, desse túnel; posso “sobrelevar”, sem liquidar; o que afirmei uma primeira vez, posso novamente afirmar, sem repetir, porque então, o que afirmo, é a afirmação, não sua contingência: afirmo o primeiro encontro na sua diferença, quero sua volta, não sua repetição. Digo ao outro (antigo ou novo): Recomecemos

‘Fragmentos de um Discurso Amoroso’ Roland Barthes.

_inspira

Uma hora tudo isso vai ter que acabar. E não é assim, como os anos acabam, como uma festa acaba. Tipo não é assim com o táxi indo embora deixando alguém te acenando no retrovisor. É só assim, como o prenúncio de algo que está fadado a acontecer. É assim que tudo acaba. Então devo fazer o que tem de ser feito. Aquilo que sei que fui predestinado. Então não esperem de mim mais do que isso. As cartas que não enviei, os e-mails que não respondi, os textos que não li, e todos os convites que gentilmente recusei. Mesmo porque não sei fazer de outro jeito. Por isso ando até a janela, respiro e volto pra cá, pro meu lugar. É onde preciso estar. Quando tudo acabar.
Mário Bortolotto

por começo do fim

Tecendo quadros
Pintando velas
Curando males

Males que não se curam
aturam uma leve dormência
nada além de mim reflete o pequeno abismo