domingo, 15 de fevereiro de 2009

PATWORK

Destino. Fitas de cetim super - coloridas.
Fetiches e caprichos.

Hoje abri todas as janelas.
Deixei tudo trespassar pelas pregas do meu vestido.

Retalhos de pensamentos
Emaranhados de um sonho.

Sonho ou vida real?

quanto vale ou é por quilo? ...


O peso de um amor.
A decência de um calor.

A falta. O ardor de um adeus.
Sem sabor.

Fria nostalgia.
Traga meu café.

Com dois cubos.
De novalgina.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Ainda trago no peito...

Um compasso perfeito.
Ritmo e disritmia.
E levo comigo, o gosto do beijo,
o sabor do suor, o brilho da lua.

Firmamento.

A morosidade do trânsito,
reflete sempre seu semblante.
Repito, por deveras, o mesmo trajeto.
De repente uma reticência...

Eu quis agarrar aquele mísero segundo.
Apertar entre os braços e o coração.
Cravejar como tatuagem.

Igual aquela que ele carrega no peito.
Dizer-se-ia o nome da amada.
Já não bastavam os diversos desencontros.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

sessão milk shakespeare_ by ariel


Pensar é inútil.
Falar é inconveniente.
É só esticar o braço
E pegar.

Melhor ainda,
Discar e ficar sentado
Esperando.
Engordando.

Folheando revistas de
Comportamento.

Loja de Conviniência
http://www.curtosprazeres.blogspot.com/

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

"O dia que nasce, é uma pipoca quentinha.
O sal fica por sua conta"

(João Caldeirão)

calendário

Existem ocasiões que o melhor da festa é esperar por ela.
Todo aquele contexto que se descortina ao longo dos dias até a data marcada...

Se fez presente como o ato do pensar...
E não foi diferente de toda espera.

O grande momento com grandes encontros.

Pode ser que, em alguns casos não pratiquemos a democracia.
Aí cabe qualquer 'rateio' de amigos para uma felicidade maior.

Todo aquele frenesi transbordou.
O sol a pico lá no céu azul, e nessa hora perceber que toda a bagagem dos 30 não desfez o olhar sincero de menina-moça.

Abraços apertados, o tempo sem trégua.
Incontrolável vontade de parar os ponteiros, fazer daquele momento único e eterno.

O que sem dúvida já se fez.

Todos os apetrechos com os melhores atrativos para fazer do pequeno final de semana...
a maior férias escolar, férias e amigos.

Não somos mais do colégio, tão pouco temos esse descompromisso com a vida e com as férias.
Crescemos e nossos sonhos reluzem a milhas e milhas de distância.

Sentimos a presença de cada um, cada qual com seu jeito peculiar e extrovertido.
E (re) desenhamos cada cena.

Contemplar o sorriso maroto de uma amiga que entra na casa dos trinta, radiante e cheia de energia.
É um presente inverso.

O tempo parou.

E de repente, pode ser que essa paralisia me leve um amigo...
e comece uma outra história.

A vida é assim, curvas, imprevistos, planos A B C D...
amigos indo e vindo,
alegrias...lágrimas...

E a vontade maior de todas, de nunca perdê-los com o tempo, com a ganância, com o superficial.

Chego aos trinta, radiante como as flores que cultivei no jardim das lembranças....
Espero abraçá-los cada um, mas todo mundo junto...

e misturado.

Chiita Mágica

A bagagem pesada não foi o suficiente para conter a brilhantina dos 15 anos.
Toda maravilha, aquela noite, se descortinou.

Armadilhas do destino, pequenos encontros para grandes verdades.
Amigos perdidos pelos caminhos da vida.

Quando deu por si, percebeu seus 30 anos.
À margem daquele rio, se entregou para o momento, eterno.

Era só o começo, apenas um broto a desabrochar.
Bailava e cantarolava sob o luar absoluto.

Tão bela tão ela.
Rompeu horizontes, abriu-se para a natureza.

Descobriu sua vocação, fazer tudo do seu jeito.
Quebrar paradigmas, sentir o frescor da brisa e pedalar sem direção.

O coração cravejado de sonhos.
Livre de qualquer responsabilidade sistemática.

E tudo ficou tão claro.
Os pés sujos no chão e a bandeira da utopia acenando lá no alto do mastro.

Seus cabelos longos entregavam a rebeldia precoce.
Foi quando tudo começou, tinha apenas 15 anos quando se apaixonou.

Foi a primeira vez que ouviu Pink Floyd.

pacto

Para o entardecer.
Acentuadas expectativas.
Fantasias, tentações titilam pelo meio-fio.
Brilho e noite pactuantes perfeitos.
Excitam (decifram) os desejos e afloram os sentidos.
Caos transitório.

Devaneios, pessoas, passos e espaços.
Tocam-se e aderem ao colorido.
Vasto campo da imaginação ardente.
Sensação latente.
Nós, amantes noturnos.
Todo o improviso para a espera.
Transe que reverbera notas e delírios sonoros.

Provoco, aprovo e vem à tona o tom do lugar.
Pequenas loucuras vislumbram a saída.
Na superfície, o fascínio pelo mistério.
Para o todo eu, já basta.
Amanheceu.

*foto: jazznosfundos_são paulo

contemporâneoXinstantâneo

Mulheres reviram suas bolsas em busca do poema de amor perfeito.
Aquele que nunca foi entregue, nunca foi recitado e tão pouco, escrito.

Esvaziam caixas de sapatos para tornar efêmero o par perfeito.
Atadas sucubem a qualquer tipo de promoção.

Mulheres que seguem pelas bordas, capazes de tecer qualquer plano algoz.
Trancafiadas em tendências experimentam do seu próprio fel.

Não se preocupam com o linear da história.
Simplismente se manifestam e se esgotam no mesmo instante.

Mulheres superficiais.
Como garrafas vazias à deriva no mar do hiperconformismo.

Usam o blush e se esquecem da vergonha.
Enchem gavetas de necessidades supérfluas.

Mulheres.
Vítimas da desenfreada publicidade de necessidades.

*foto: internet
Espaço.
Pés em passos largos.
O tempo que você gosta de perder,
não é tempo perdido.
*saudade da Bi...

domingo, 1 de fevereiro de 2009

penso ...

Papo poético.
Alto teor, desconexo.
Tramamos nosso pensamento.
Pitadas de encantamento.

Limonada adoçada com mel.
Oblíquo sabor do fel.
No domingo rabisco nosso céu.
Naquele instante, fetiches e caprichos.
Recicle, transforme luxo em lixo.

do tempo

Tudo que é imposto e nos bloqueia.
Sabemos do que está errado.
E por comodismo, nos acomodamos nesse círculo.
Os nãos que não foram ditos, tropeços se transformaram.

Tudo fica insanamente rápido.
E do que me livrei, hoje, me faz falta.
E por que me livrei?
Em quais circunstâncias que não recordo?
De quando me roubaram a inocência, a insensatez das cores.

E penso no que foi perdido (ou roubado).
Uma pessoa que não reconheço.
Olho para trás e sinto saudades de mim.
Flores pisadas pelo caminho.
Às vezes perguntamos por saber as respostas.
Compra de consciência.
Nossa insatisfação é o tiro no pé.