terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

contemporâneoXinstantâneo

Mulheres reviram suas bolsas em busca do poema de amor perfeito.
Aquele que nunca foi entregue, nunca foi recitado e tão pouco, escrito.

Esvaziam caixas de sapatos para tornar efêmero o par perfeito.
Atadas sucubem a qualquer tipo de promoção.

Mulheres que seguem pelas bordas, capazes de tecer qualquer plano algoz.
Trancafiadas em tendências experimentam do seu próprio fel.

Não se preocupam com o linear da história.
Simplismente se manifestam e se esgotam no mesmo instante.

Mulheres superficiais.
Como garrafas vazias à deriva no mar do hiperconformismo.

Usam o blush e se esquecem da vergonha.
Enchem gavetas de necessidades supérfluas.

Mulheres.
Vítimas da desenfreada publicidade de necessidades.

*foto: internet

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