terça-feira, 1 de dezembro de 2009

...depois de um recesso psico-criativo-imaginário...

8ª Série.

Do lado de lá do equador, eu vejo nos filhos o descaso dos pais.

O brilho opaco de um olhar vazio que se perdeu nas referências da “Era do Bizarro”.

Valores dissipados em regras de 3, divididos em milhões de dúvidas.

Movem-se numa semântica dúbia.

Não saberão, no trajeto, preencher o gabarito da vida.

No próprio cabeçalho não reconhecem o sujeito, o pai, o filho e o espírito santo.

Quais são seus predicados? Quem são seus pais? Quem são seus professores?

Quem é você?

Hoje tenho 2 corações. Faço o meu plural.

E com toda revisão ortográfica, conjuguei o verbo amar, no infinito do meu ventre.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Cuba Libre

É uma fuga?

Querer repentinamente virar o disco?

Uma síndrome como outra qualquer?

Começar do zero.

Retomar aquela vontade.

Ou... Desde sempre saber do plano.

Acreditar que a vida começa aos 40.

De braços abertos, queda livre.

E as qualificações?

Títulos convencidos empoeirando sonhos,

travando pequenas batalhas.

Bombardeio de informações.

Guerrilhas, motins, festins.

Insatisfação veio como tiro certeiro.

No pé.

“Não penseis que, por não poder ser visto, o pensamento careça de poder”.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

algodão doce

'que, se necessário, eu possa ter novamente o impulso do vôo no momento exato.'
caio fernando abreu

todos os dias é o dia
hoje eu me libertei....
nunca é tarde
mas e o que me prende?
o quão é tolerável a convivência?
nesse limiar vida e morte...
um tênue fio, um abismo, um quase desespero
mas hoje eu já me libertei...

quarta-feira, 3 de junho de 2009

synecdoche, new york


mais um grande filme de um grande roteirista, charlie kaufman.
confesso que ainda estou digerindo essa película, pois, mais uma vez kaufman acerta em cheio nas nuances do ser humano. 
dica do meu grande amigo pedro, sábio das palavras que escreveu uma resenha sobre o tal.
eu ainda não li. mas vale a pena: http://sociologiadoabsurdo.zip.net/


quarta-feira, 27 de maio de 2009

Como uma degustação, assim,

a vida como um nobre vinho.

Uma cortesia com prazo de validade.

 

Garanta sua cortesia. Aprecie sua vida.

Cortesã de todas as noites e delírios.

Uma síndrome como outras tantas.

Fuga. Fugaz, fagulhas.

 

Ateie fogo,

vire o disco e comece do zero.

A vida começa aos 40,

a vontade e o plano. Sonhos.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Ato Santo

Sigo meu caminho.

Confiante nos teus pés.

 

Sei do que é meu.

No tempo e no lugar.

 

Acredito. Acredito na fé.

Fé que ta na pedra, no mato, no fruto.

 

No fruto que é prematuro.

E a água é rala.

Mas empoça na sarjeta da sua ignorância.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

olhos chanfrados

me pediu pra esperar

acenou uma das mãos

fitou meus olhos

pareceu feliz ao me ver


conseguiu tocar meu braço

olhos chanfrados

por um instante. retribui o desejo

num lampejo lambi seus olhos

 

esperei. pedi pra não passar

todo aquele ensejo. dentro do carro

mas ao abrir a porta. acordei daquele sonho

e que sonho!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

twittando


sinceramente,
não sei como usar, aplicar todos os recursos, enfim...

mas está na moda!
sou jeca mais sou joia - e sem acento - 

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Arames Farpados

Basta-me uma verdade, o resto é ilusão.

Duplo mortal carpado. O tempo em conta gotas.

Já não me bastam os dias, tentativas.

Às vezes, madrugadas exaustivas.

Mas é lá de cima que se vê melhor.

Se vê que a pontinha de vontade, na verdade, é iceberg.

Que se vê o romper do dia. A aurora dos outros.

Parece-me que a felicidade alheia salpica.

Invento o cenário. Componho personagens e me ponho em guerrilha.

Vigílias e alguns coquetéis molotóficos. Agüento o tranco.

E com tantas intempéries, gosto do ritual.

Procuro e aprecio a delicadeza alheia.

A reforma ortográfica não é mais a pauta do dia.

.

foto: Carolina Bela

segunda-feira, 13 de abril de 2009

indo e vindo ...

Amigo tem dessas coisas.
Uma visita no domingo ensolarado.
Um conforto na segunda cinzenta.

Surpresas inesperadas.

Como uma caixinha de música. Melodia que não cansa.
De repente, um adeus que se estendeu no e-mail.
Com o elo cibernético. As palavras transcendem as barreiras.
Do som, do vento, da luz e do faz-de-conta.

E os carinhos saudosos, comparar, pura maldade.

Nos encontros por deveras esperados.
Replicamos sonhos. Retalhamos angústias.
Um teatro, um cinema, um alô.
Palpitante coração.

Um amigo e aquela satisfação.

foto: eu e meus amigos

terça-feira, 31 de março de 2009

foto: Sciarra

meu herói

hoje é o dia
uma grande conquista
sem dúvidas ouvirá sua música predileta
que o acalentou em dias solitários

noites de insônias
regaram seus sonhos delirantes
e no seu infinito optou pela vontade

relembrou encontros,
provou de incertezas,
estudou, estudou, estudou...

renunciou alguns amores,
fez valer o seu sorriso
e agora, alça seu mais nobre vôo

descobriu o segredo
felicidade é real quando compartilhada
e quem sabe um encontro com o acaso

parabéns!!!

segunda-feira, 30 de março de 2009

bueiro ...

foto: Sciarra

quarta-feira, 25 de março de 2009

estrangeira



Estrangeira.Terra passageira.
Transitoriedade. Assim sou.

Filme sem legendas.
Perdida, desnorteada.
Desvendo minha vontade.

Retoma e detona seu lugar de direito.
Sei do passado. No elo do tempo.
Sem propósito reflito quadro a quadro.
E calculo as perdas. Irreparáveis.

Assim, provei do gosto amargo do arrependimento.
Senti o afeitar de um sentimento.
Esvaeci os bordões. E carrego o desejo.

Invento temas.
Ré confessa nesse rompante.
E teimo. Por um tris a cair nos seus braços.
Provo de novas melodias. Mas reconheço seu timbre.

O gosto amargo perpetua minha liberdade.
Estrangeira. Aqui, apenas uma passageira.
.
foto: yo!

sábado, 21 de março de 2009

sim...

se posso escolher, prefiro ser sincera ...

terça-feira, 17 de março de 2009

Clara como Clarice


Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que por admiração se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles.
Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles.
Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque - a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras - e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração.
Como eles admiravam estarem juntos! Até que tudo se transformou em não.
Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles.
Então a grande dança dos erros.
O cerimonial das palavras desacertadas. Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que, estava ali, no entanto.
No entanto ele que estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso. Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam bastante distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham. Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram.
Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios.
Tudo, tudo por não estarem mais distraídos.

escrevo

escrevo,
porque daqui nada vejo.

não quero apagar as luzes,
que vieram dos olhos.

doces.
ainda lembro do dia.

e me perdi, por aí,

agora vagam os desejos.
ensejos.

e o que me resta,
é mesmo me perder por aí.

por isso nada vejo.
porque escrevo.

.
foto: meu acervo

domingo, 15 de março de 2009

quase...

Quase enobrecido com os gestos.
Completos e vazios.
Eu prefiro o azul do céu a diamantes.

Terra de ninguém.
Quase enfurecido com a fila,
Do banco, da lotérica, do cinema, do pronto socorro.

E a preguiça não permite que a conversa se estenda.
Há não ser que não tenha nada a contar.
Papo furado. Cansei.

E continuo a preferir o azul do céu, é grátis.

meu


Um ventre que se reparte em dois.
Irmãos.

E todas as diferenças se completam.
Infância.

Descobertas, brincadeiras.
Certo fanatismo. É tudo nosso.
Até o amor dela.

Adolescência.
Gostos que se separam.
Brigas que acentuam a identidade.

Influências.
Cada um pr’o seu lado.
Construindo seu mundo.

Um castanho e outro verde.
Um verde que muda de cor.
Acompanha a luz.

E quando tudo pareceu escuro.
Ele com sua candura abriu a porta.
Abrigo. Sem preconceito, sem medo.
Fez minha diferença. Minha terra.
Agora resisto bravamente.
O motivo maior de um amor, sincero.

Irmão meu!

sexta-feira, 13 de março de 2009


Lá vai ela de novo...

Desbravar o mundão.
Coração na mão.

Redesenhar seus sonhos
Aquarela e tudo mais.

Almeja os horizontes.
Infinito é seu sobrenome.

Que não se fixa na terra,
titila com o vento.

Brisa fresca, pensamento.
Todos os tons, seu próprio jardim.

E no trajeto...
Quem sabe algumas amêndoas esverdeadas.

quarta-feira, 11 de março de 2009

eloquência

E de tanto preferir...
Preferiu não preferir.

Saiu de mansinho.
Nem disse adeus.
Preferiu não ter despedidas.

Preferiu não proferir nenhuma palavra.
Abafou sentimentos. Abanou os braços.

E preferiu não abraçar.

Apagou os recados e as luzes.
E as lágrimas pesadas, caíram.

Dessa vez não teve preferência.
Seguiu adiante sem saber das conseqüências.

domingo, 8 de março de 2009

cíclica

Se me ponho a pensar nos círculos.
Passado, presente, futuro.

Tudo que caminha rápido.
E contrário.
Tal qual influencio.

Começo, meio e fim.
Vitrais que refletem.
A passagem.

Ida e volta.
As coisas precisam de um sentido.

Ato e desato minha história.
Um milhão de vezes, se preciso for.
.
foto: eu

sexta-feira, 6 de março de 2009

águas...

por onde andariam as águas de março....

domingo, 15 de fevereiro de 2009

PATWORK

Destino. Fitas de cetim super - coloridas.
Fetiches e caprichos.

Hoje abri todas as janelas.
Deixei tudo trespassar pelas pregas do meu vestido.

Retalhos de pensamentos
Emaranhados de um sonho.

Sonho ou vida real?

quanto vale ou é por quilo? ...


O peso de um amor.
A decência de um calor.

A falta. O ardor de um adeus.
Sem sabor.

Fria nostalgia.
Traga meu café.

Com dois cubos.
De novalgina.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Ainda trago no peito...

Um compasso perfeito.
Ritmo e disritmia.
E levo comigo, o gosto do beijo,
o sabor do suor, o brilho da lua.

Firmamento.

A morosidade do trânsito,
reflete sempre seu semblante.
Repito, por deveras, o mesmo trajeto.
De repente uma reticência...

Eu quis agarrar aquele mísero segundo.
Apertar entre os braços e o coração.
Cravejar como tatuagem.

Igual aquela que ele carrega no peito.
Dizer-se-ia o nome da amada.
Já não bastavam os diversos desencontros.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

sessão milk shakespeare_ by ariel


Pensar é inútil.
Falar é inconveniente.
É só esticar o braço
E pegar.

Melhor ainda,
Discar e ficar sentado
Esperando.
Engordando.

Folheando revistas de
Comportamento.

Loja de Conviniência
http://www.curtosprazeres.blogspot.com/

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

"O dia que nasce, é uma pipoca quentinha.
O sal fica por sua conta"

(João Caldeirão)

calendário

Existem ocasiões que o melhor da festa é esperar por ela.
Todo aquele contexto que se descortina ao longo dos dias até a data marcada...

Se fez presente como o ato do pensar...
E não foi diferente de toda espera.

O grande momento com grandes encontros.

Pode ser que, em alguns casos não pratiquemos a democracia.
Aí cabe qualquer 'rateio' de amigos para uma felicidade maior.

Todo aquele frenesi transbordou.
O sol a pico lá no céu azul, e nessa hora perceber que toda a bagagem dos 30 não desfez o olhar sincero de menina-moça.

Abraços apertados, o tempo sem trégua.
Incontrolável vontade de parar os ponteiros, fazer daquele momento único e eterno.

O que sem dúvida já se fez.

Todos os apetrechos com os melhores atrativos para fazer do pequeno final de semana...
a maior férias escolar, férias e amigos.

Não somos mais do colégio, tão pouco temos esse descompromisso com a vida e com as férias.
Crescemos e nossos sonhos reluzem a milhas e milhas de distância.

Sentimos a presença de cada um, cada qual com seu jeito peculiar e extrovertido.
E (re) desenhamos cada cena.

Contemplar o sorriso maroto de uma amiga que entra na casa dos trinta, radiante e cheia de energia.
É um presente inverso.

O tempo parou.

E de repente, pode ser que essa paralisia me leve um amigo...
e comece uma outra história.

A vida é assim, curvas, imprevistos, planos A B C D...
amigos indo e vindo,
alegrias...lágrimas...

E a vontade maior de todas, de nunca perdê-los com o tempo, com a ganância, com o superficial.

Chego aos trinta, radiante como as flores que cultivei no jardim das lembranças....
Espero abraçá-los cada um, mas todo mundo junto...

e misturado.

Chiita Mágica

A bagagem pesada não foi o suficiente para conter a brilhantina dos 15 anos.
Toda maravilha, aquela noite, se descortinou.

Armadilhas do destino, pequenos encontros para grandes verdades.
Amigos perdidos pelos caminhos da vida.

Quando deu por si, percebeu seus 30 anos.
À margem daquele rio, se entregou para o momento, eterno.

Era só o começo, apenas um broto a desabrochar.
Bailava e cantarolava sob o luar absoluto.

Tão bela tão ela.
Rompeu horizontes, abriu-se para a natureza.

Descobriu sua vocação, fazer tudo do seu jeito.
Quebrar paradigmas, sentir o frescor da brisa e pedalar sem direção.

O coração cravejado de sonhos.
Livre de qualquer responsabilidade sistemática.

E tudo ficou tão claro.
Os pés sujos no chão e a bandeira da utopia acenando lá no alto do mastro.

Seus cabelos longos entregavam a rebeldia precoce.
Foi quando tudo começou, tinha apenas 15 anos quando se apaixonou.

Foi a primeira vez que ouviu Pink Floyd.

pacto

Para o entardecer.
Acentuadas expectativas.
Fantasias, tentações titilam pelo meio-fio.
Brilho e noite pactuantes perfeitos.
Excitam (decifram) os desejos e afloram os sentidos.
Caos transitório.

Devaneios, pessoas, passos e espaços.
Tocam-se e aderem ao colorido.
Vasto campo da imaginação ardente.
Sensação latente.
Nós, amantes noturnos.
Todo o improviso para a espera.
Transe que reverbera notas e delírios sonoros.

Provoco, aprovo e vem à tona o tom do lugar.
Pequenas loucuras vislumbram a saída.
Na superfície, o fascínio pelo mistério.
Para o todo eu, já basta.
Amanheceu.

*foto: jazznosfundos_são paulo

contemporâneoXinstantâneo

Mulheres reviram suas bolsas em busca do poema de amor perfeito.
Aquele que nunca foi entregue, nunca foi recitado e tão pouco, escrito.

Esvaziam caixas de sapatos para tornar efêmero o par perfeito.
Atadas sucubem a qualquer tipo de promoção.

Mulheres que seguem pelas bordas, capazes de tecer qualquer plano algoz.
Trancafiadas em tendências experimentam do seu próprio fel.

Não se preocupam com o linear da história.
Simplismente se manifestam e se esgotam no mesmo instante.

Mulheres superficiais.
Como garrafas vazias à deriva no mar do hiperconformismo.

Usam o blush e se esquecem da vergonha.
Enchem gavetas de necessidades supérfluas.

Mulheres.
Vítimas da desenfreada publicidade de necessidades.

*foto: internet
Espaço.
Pés em passos largos.
O tempo que você gosta de perder,
não é tempo perdido.
*saudade da Bi...

domingo, 1 de fevereiro de 2009

penso ...

Papo poético.
Alto teor, desconexo.
Tramamos nosso pensamento.
Pitadas de encantamento.

Limonada adoçada com mel.
Oblíquo sabor do fel.
No domingo rabisco nosso céu.
Naquele instante, fetiches e caprichos.
Recicle, transforme luxo em lixo.

do tempo

Tudo que é imposto e nos bloqueia.
Sabemos do que está errado.
E por comodismo, nos acomodamos nesse círculo.
Os nãos que não foram ditos, tropeços se transformaram.

Tudo fica insanamente rápido.
E do que me livrei, hoje, me faz falta.
E por que me livrei?
Em quais circunstâncias que não recordo?
De quando me roubaram a inocência, a insensatez das cores.

E penso no que foi perdido (ou roubado).
Uma pessoa que não reconheço.
Olho para trás e sinto saudades de mim.
Flores pisadas pelo caminho.
Às vezes perguntamos por saber as respostas.
Compra de consciência.
Nossa insatisfação é o tiro no pé.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Damas da Noite


As pessoas se divertem.
Pelo menos é o que parece.
Lá fora, já é noite.
As crianças gritam extasiadas.
Isso é verdade. Simples.

Algumas estrelas titilam no céu.
Pra mim, são as damas da noite.
Verdadeiras damas da noite.
Depois do convite. Guardo o segredo sincero.
Silêncio e sentimento. E com qualquer hora, qualquer coisa.
Resposta.
E continuava estampada na janela, a tomar a brisa.
E olhar as estrelas.
.
*foto: internet

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

dreams

dia desses tive um sonho.
parecia um dejavú.
e o que se abriu para mim.
pura luz, seu sorriso.

quis te convencer,
a entrar no meu mundo.
te provar com a + b.
todo o meu translúcido sentimento.

e vejo aquela foto.
todo dia. cada pausa.
um respingo que dói.
e se é para sentir, viva.
quem sabe distrair a saudade.

refogo e afogo,
aquelas mágoas, num copo de leite.
quente e frio.
quis te conhecer.
eternizar o momento.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

se eu me esforçar
consigo buscar
lá no meu fundinho

e vai crescendo
preenchendo
e vai crescendo, crescendo

quando percebo
já saiu de mim
aí por aí

esvaziou!

O meu sonho cresceu

Tudo ao meu alcance.
Murchei o ego e desfiz o nó na garganta.
Optei por não sofrer e não me incomodar com o amanhã.
Aceitei o capitalismo, mesmo sendo um cataclismo autista.
Aceitei os bordões de minha mãe, afinal, é a minha mãe.
O mistério não mais me assola.
Criei asas. Tudo na curta distância do pensar e acontecer.
Tenho novos amigos.
Agora, choro de felicidade. Doeu, mas desobstruí os canais.
Aprendi que escolhas são bem diferentes que oportunidades.
Hoje ando de mãos dadas com minha intuição.
Sei do meu potencial. Ouço meu coração.
Observo, de longe, as convenções. Não me prendo a televisão.
O salto para o vôo livre me revelou a verdade.
A simplicidade aliada à facilidade.
Cada um no seu tempo.
A paciência como elixir da juventude.
E todos os meus sonhos ao meu alcance.

**mais de mim, em mim http://www.morfina.com.br/

Dia V


Sim.
Hoje é o dia do vazio.
Dias assim, dias assado.

Não adianta melodias, rimas.
E tão pouco, transparências.
É vazio. E só.

Caleidoscópio do nada.
E com todas as raças.
Ataca.

E na risca de giz,
Invento o meu imaginário.
Sou eterno aprendiz.
.
*foto: internet

lá vem o amor....

Impossibilitado de desatar as amarras.
Cambaleante de emoção.
Está algemado em seu passado.
Só ele não percebeu.
Ele não sabe ler. É apenas sensitivo.
Nada faz sentido.
Flertes, sinais do corpo.
Nuance de um previsto romance secreto.
Amigos indo e vindo.
Sorrisos estampados. É o final da festa.
A galera se abraça. É aquela felicidade toda.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

O Intratável.

AFIRMAÇÃO:
Ao contrário de tudo e contra tudo, o sujeito afirma o amor como valor.
Nietzsche

Há duas afirmações do amor.
Primeiro, quando o apaixonado encontro o outro, há a afirmação imediata (psicologicamente: deslumbramento, entusiasmo, exaltação, projeção louca de um futuro realizado; sou devorado pelo desejo, a impulsão de ser feliz): digo sim a tudo (me tornando cego).
Segue-se um longo túnel: meu primeiro sim é roído pelas dúvidas, o valor amoroso é a todo instante ameaçado de depreciação: é o momento da paixão triste, a ascensão do ressentimento e da oblação.
Posso sair, porém, desse túnel; posso “sobrelevar”, sem liquidar; o que afirmei uma primeira vez, posso novamente afirmar, sem repetir, porque então, o que afirmo, é a afirmação, não sua contingência: afirmo o primeiro encontro na sua diferença, quero sua volta, não sua repetição. Digo ao outro (antigo ou novo): Recomecemos

‘Fragmentos de um Discurso Amoroso’ Roland Barthes.

_inspira

Uma hora tudo isso vai ter que acabar. E não é assim, como os anos acabam, como uma festa acaba. Tipo não é assim com o táxi indo embora deixando alguém te acenando no retrovisor. É só assim, como o prenúncio de algo que está fadado a acontecer. É assim que tudo acaba. Então devo fazer o que tem de ser feito. Aquilo que sei que fui predestinado. Então não esperem de mim mais do que isso. As cartas que não enviei, os e-mails que não respondi, os textos que não li, e todos os convites que gentilmente recusei. Mesmo porque não sei fazer de outro jeito. Por isso ando até a janela, respiro e volto pra cá, pro meu lugar. É onde preciso estar. Quando tudo acabar.
Mário Bortolotto

por começo do fim

Tecendo quadros
Pintando velas
Curando males

Males que não se curam
aturam uma leve dormência
nada além de mim reflete o pequeno abismo