quarta-feira, 25 de março de 2009

estrangeira



Estrangeira.Terra passageira.
Transitoriedade. Assim sou.

Filme sem legendas.
Perdida, desnorteada.
Desvendo minha vontade.

Retoma e detona seu lugar de direito.
Sei do passado. No elo do tempo.
Sem propósito reflito quadro a quadro.
E calculo as perdas. Irreparáveis.

Assim, provei do gosto amargo do arrependimento.
Senti o afeitar de um sentimento.
Esvaeci os bordões. E carrego o desejo.

Invento temas.
Ré confessa nesse rompante.
E teimo. Por um tris a cair nos seus braços.
Provo de novas melodias. Mas reconheço seu timbre.

O gosto amargo perpetua minha liberdade.
Estrangeira. Aqui, apenas uma passageira.
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foto: yo!

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