
Toda maravilha, aquela noite, se descortinou.
Armadilhas do destino, pequenos encontros para grandes verdades.
Amigos perdidos pelos caminhos da vida.
Quando deu por si, percebeu seus 30 anos.
À margem daquele rio, se entregou para o momento, eterno.
Era só o começo, apenas um broto a desabrochar.
Bailava e cantarolava sob o luar absoluto.
Tão bela tão ela.
Rompeu horizontes, abriu-se para a natureza.
Descobriu sua vocação, fazer tudo do seu jeito.
Quebrar paradigmas, sentir o frescor da brisa e pedalar sem direção.
O coração cravejado de sonhos.
Livre de qualquer responsabilidade sistemática.
E tudo ficou tão claro.
Os pés sujos no chão e a bandeira da utopia acenando lá no alto do mastro.
Seus cabelos longos entregavam a rebeldia precoce.
Foi quando tudo começou, tinha apenas 15 anos quando se apaixonou.
Foi a primeira vez que ouviu Pink Floyd.
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